quinta-feira, 20 de março de 2008

Mulheres S/A.

Escrevo para as mulheres.

Mulheres minhas, suas, nossas, minhas amigas e irmãs, esposas, namoradas.
Se o universo feminino se desfizesse de sua complexidade talvez o mundo não fosse tão belo.
Vejo que essas meninas que não importa a idade, sempre serão crianças.
Talvez por imposição de sua constituição biológica, ou apenas como capricho divino.
Deitadas com travesseiros molhados de lágrimas ou estiradas em redes de sorrisos.
Que suportam dores que a mais forte masculinidade não ousaria tentar.
Dessa fragilidade, dessa força, vejo uma beleza que não há entendimento que explique.
Sua contradição intrínseca que perde notoriedade para alguns gramas de chocolate.
Debaixo dessas mães, donas de casa, irmãs, amigas, existe uma armação de aço, que se amolece com o choro de alguém mais próximo.
E nessa fragilidade há uma força de cura e que impulsiona os homens a ganharem seus troféus, comprarem seus carros, passarem no vestibular e serem mais eles próprios do que sua intuição pode auscultar.
Ou apenas a se sentirem confortáveis em ambientes que não se sentiriam em casa.
Quando o amor perde a razão, a divindade mostra o porque que as mulheres brilham mesmo com a poeira do mundo de barro.
O brilho da condição humana é mais límpido quando as mulheres apresentam sua presença na sala de espera.
Nessa coisa amalucada que é ser mulher, acredite que há a felicidade.
Porque se alguém aqui entende se sentir, esses alguém são as mulheres.