quarta-feira, 30 de julho de 2008

As contas do marido de Marta Suplicy em Cayman

As contas do marido de Marta Suplicy em Cayman
Eis os números, para inicio de conversa: as contas 60.356356086 e60.356356199, do Trade Link Bank nas Ilhas Cayman. São controladas porLuis Favre, marido de Marta Suplicy.
Eis a história:
Felipe Belisario Wermus, argentino por nascimento e cidadão francês poradoção, é personagem central das eleições para a Prefeitura de SãoPaulo. Você o conhece, prezado leitor, mas por outro nome Luís Favre -codinome pelo qual Felipe é chamado nos bastidores da esquerdabrasileira.
Companheiro da candidata do PT à prefeitura, MartaSuplicy, Favre é seu braço direito, melhor amigo, amado, confidente,conselheiro-chefe, estrategista-mor, tesoureiro-oculto. Favre é oprincipal baluarte de Marta. É também seu ponto mais fraco. A Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo têm informaçõesexplosivas sobre o companheiro de Marta Suplicy.
A suspeita é a de queum senhor chamado Felipe Belisário Wermus seria o principal elo entre oPT e um esquema internacional de arrecadação de dinheiro a partir dosserviços de coleta de lixo nas capitais brasileiras. Esse esquema teriafuncionado em prefeituras controladas pelo PT, como São Bernardo, BeloHorizonte, Brasília, Goiânia, Campinas e São Paulo.
A Vega,multinacional francesa de serviços, seria o elo empresarial do esquema. A PF suspeita que a Vega controle um grupo de empreiteiras que ganhamlicitações superfaturadas para a coleta de lixo. Em média, 10% desuperfaturamento, sendo 5% para as empreiteiras, e 5% para o caixa doPT. Esse dinheiro era todo repassado ao doleiro Toninho da Barcelona,que o depositava em contas em paraísos fiscais controladas por um talFelipe Belisario Wermus.
Esse dinheiro voltava ao Brasil também porintermédio de Barcelona. As autoridades têm os bancos e os números das contas no exterior,publicadas abaixo. O esquema teria sido montado antes da eleiçãopresidencial de 2002. Se Delúbio Soares e Marcos Valério montaram oCaixa Dois do PT no governo Lula, estamos diante da suspeita de queLuís Favre, hoje favorito para se tornar o primeiro-companheiro de SãoPaulo, caso Marta seja eleita, tenha montado o Caixa Zero.
Vamos aos fatos:
A PRISÃO DE DOLEIRO
Foi doleiro Antônio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, quemcomeçou a revelar essa história. Ele foi preso em 2004, numa daquelasoperações da Polícia Federal de caça-doleiros, a Farol da Colina.Revelou que trocou dólares por reais, entre 1998 e 2002, para diversosdirigentes petistas, entre eles o deputado federal José Dirceu, entãopresidente do partido. Que fez remessas de dólares para inúmerosempresários e figurões paulistas, como o advogado Márcio Thomaz Bastos(ministro da Justiça por ocasião da sua prisão). E prometeu fazerrevelações sobre o assassinato do prefeito de Santo André, CelsoDaniel, do PT, e o suposto esquema de cobrança de propina de empresasde ônibus da cidade. Em seguida Claramunt pediu proteção de vida à PF e silenciou, aguardandopela negociação de uma delação premiada para o Ministério Público. Eisque estoura um caso bem maior, o do mensalão de Dirceu, Delúbio eMarcos Valério. E Claramunt fica meio esquecido numa cela da PF em SãoPaulo. E a cada dia que passa, é tomado pelo medo de ser vítima de umaqueima de arquivo. Foi nesse contexto que Claramunt se abre com seu companheiro de cárcere.Ato contínuo, escreve cartas para sua mulher, em hebraico (ele é judeu),revelando tudo o que sabia do esquema do lixo do PT. E fornecendo,inclusive, os números de duas contas que Felipe Belisário Wermusmantinha em paraísos fiscais.
MEMÓRIAS DO CÁRCERE
Evaldo Rui Vicentini era o companheiro de cárcere de AntônioClaramunt. Velho militante comunista, ex- tesoureiro do PCB (hoje PPS)em São Paulo, Vicentini fora preso sob a acusação de participar de umoutro esquema de evasão de divisas. Se diz inocente. Ele acabou setransformando no principal confidente do doleiro. Conversei comVicentini logo depois que ele saiu da cadeia, em 2005. Ele me revelouuma história escabrosa sobre o companheiro de Marta Suplicy. Mas comona ocasião ele não tinha documentos, só o testemunho oral, meu chefe narevista IstoÉ, onde eu trabalhava, preferiu não publicar. Eis osprincipais pontos da história contada por Claramunt a Vicentini:
a) Claramunt enviava dinheiro do Caixa Dois do PT paraparaísos fiscais no exterior. O contato dele no Brasil era Luis Favre.Ele criou duas contas no exterior para Favre, ambas com seu nomeverdadeiro, Felipe Belisário Wermus. O dinheiro era repassado para oTrade Link Bank, agência Miami, e de lá repassado a Wermus.
b) Esse dinheiro vinha de superfaturamento da coleta de lixoem prefeituras administradas pelo PT. O superfaturamento era de 10%,metade para o PT, metade para as empreiteiras. Vicentini citou naocasião as prefeituras de São Bernardo, São Paulo, Belo Horizonte,Goiânia, Recife, e Brasília, todas petistas (Brasília não é prefeituramas, no caso da coleta de lixo, funciona como se fosse).
c) Uma empresa francesa, a Vega (que chegou ao Brasil com onome de Vega Sopave), era a chefe do esquema. Todas as concorrênciasdessas prefeituras do PT eram vencidas ou pela Vega ou por um consórciode empresas laranjas da Vega.
d) A Veja Ambientales, holding latino-americana da Vega noBrasil e que pertence ao grupo franco-argentino Arcelor, tem sede noUruguai. É administrada por uma empresa chamada Pozadas, Pozadas &Vecino. O procurador da Vega Ambientales é o Sr. Jorge Altamira. Maisuma coincidência: Jorge Altamira é o codinome de Saul Belisario Wermus,irmão de Favre, e conhecido dirigente de uma facção trotsquistaargentina fundada por J.Posadas. Vicentini também revelou essa história, em detalhes, a umacompanheira de partido, a deputada Denise Frossard, PPS-RJ, que arepassou para o Ministério Público.
CARTAS DO DOLEIRO À MULHER
Em agosto de 2005, quando o escândalo do mensalão estava emseu ápice, os repórteres Ugo Braga e Lúcio Lambranho, do CorreioBraziliense, publicaram uma reportagem relevante, Os dois descobriramque, além de fazer confidências ao companheiro de cárcere, AntônioClaramunt enviou uma série de cartas e bilhetes à sua mulher Patrícia,todas em hebraico, que compunham um precioso mosaico. Os repórteresconversaram com os guardiões das correspondências, que deveriam serreveladas caso o doleiro fosse assassinado. Na época, em meio a dólaresem cuecas, a matéria acabou não chamando a atenção.
Eis as principaisinformações:
1) O esquema começava com a cobrança de propinas ou superfaturamento decontratos, como os de coleta de lixo ou obras públicas, nas cidadesadministradas pelo PT - Santo André, Campinas, Ribeirão Preto, SãoPaulo, Recife, Porto Alegre. E cresceu a partir de 2003 com operaçõesnos fundos de pensão ligados às empresas estatais.
2) O dinheiro dado 'por fora' ao partido era encoberto com a emissão denotas fiscais frias de empresas ligadas ao esquema - Avencar TurismoLtda., KLT Agência de Viagens, Appolo Câmbio e Lumina EmpreendimentosLtda. São as mais citadas.
3) Estas notas eram entregues pelos doleiros - além de Toninho Barcelonafaziam parte Raul Henrique Sraur e Richard André Waterloo - às empresasachacadas, que com elas poderiam justificar a saída contábil da propinade seus caixas mundo afora. A partir daí, iniciava-se uma cadeiafinanceira que podia ser percorrida ao longo de um único dia -operações chamadas day trade - via computadores de quem a operava. Nomáximo, começava num dia e acabava no outro. Geralmente o dinheiro dapropina era arrecadado em espécie.
4) Os reais eram depositados pelo então tesoureiro do partido, DelúbioSoares, receptor de toda a bolada, nas contas de laranjas dos doleiros.Que de pronto disparavam ordens de pagamento no exterior. No caso do PT,eles criaram uma trilha própria. Usavam duas empresas off-shores,chamadas Lisco Oversears e Miro Ltd., para mandar dinheiro de contasnumeradas respectivamente no JP Morgan e no Citibank, ambos de NovaYork.
5) Debitado da Lisco e da Miro, a bolada seguia para uma conta correnteda Naston Incorporation Ltd., off-shore sediada nas Ilhas VirgensBritânicas, paraíso fiscal caribenho. A Naston é uma sociedade célebreentre doleiros, pois pertence a Barcelona e a Alberto Youssef, dois dosmais conhecidos do mercado.
AS CONTAS NUMERADAS DE FAVRE
6) Da offshore Naston, os dólares eram enviados recursos do PT por estasduas contas numeradas: 60.356356086 e 60.356356199 do Trade Link Bank(braço do Banco Rural, nas Ilhas Cayman). Essas contas seriam operadaspor 'dois' cidadãos, Felipe Belizario Wermusdit, de passaporte francês,e Felipe Belizario Wermus, de passaporte argentino. Segundo Toninho daBarcelona, são a mesma pessoa, Luis Favre.
7) A conta operada pelo passaporte francês remetia dinheiro para a TradeLink. O passaporte argentino era usado para remeter dinheiro para aconta Empire State Scorpus, em Luxemburgo. A conta Empire State tinhauma subconta no Panamá, que passava pela offshore OBCH Ltda, que seriaadministrada por um cubano naturalizado panamenho chamado AníbalContreras, amigo de José Dirceu.
8) As trocas de dólares por reais, que oscilavam entre US$ 30 mil e US$50 mil, eram realizadas no gabinete do então vereador Devanir Ribeiro(amigo de Lula dos tempos do ABC, hoje deputado federal e autor da tesedo terceiro mandato) e integram outro braço do esquema petista. Nessecaso, o partido mantinha volumes consideráveis de dólares em dinheirovivo, escondido em cofres ou malas ou cuecas, e acionava a casa decâmbio quando precisava convertê-los em reais. Em geral, quem ligavapara a casa de câmbio Barcelona era o assessor legislativo da Câmara deVereadores, Marcos Lustosa Ribeiro, filho do deputado Devanir Ribeiro.No início de 2002, as trocas eram esporádicas e ocorriam a cada dez ou15 dias. No meio do ano, já estavam em ritmo alucinado, sendo quasediárias, e somavam cerca de R$ 500 mil por semana, segundo ToninhoBarcelona. A FORÇA E A FRAQUEZA DE MARTA O doleiro Antônio Claramunt ameaçou dar as provas ao Ministério Públicomas acabou não fechando acordo da delação premiada. Convocado à CPI dosCorreios, ficou de boca fechada. Teria fechado acordo sim, mas com o PT.Mas o fato é que a Polícia Federal e o Ministério Público passaram a terem mãos todos os detalhes necessários para prosseguir com asinvestigações. E apuraram muito, de lá para cá, de acordo com minhasfontes. Mas o que se descobriu é explosivo demais para estourar numaoperação enquanto Luiz Inácio Lula da Silva for presidente. De qualquer forma, Felipe Belisário Wermus, dit Luis Favre, está devolta à ribalta política. É o principal baluarte (emocional, político efinanceiro) da candidata do PT, Marta Suplicy. É também seu ponto maisfraco. CONEXÃO PARIS Nos anos 80, Favre era dirigente em Paris da Quarta Internacional,organização mundial dos seguidores do falecido líder comunista LeonTrotsky. Homem de confiança de Leonel Jospin -mais tarde eleitoprimeiro-ministro da França- Favre foi enviado ao Brasil para convenceras facções locais a se dissolverem no jovem PT. Acabou amigo íntimo doschefes trotsquistas de então, como Luiz Gushiken, bancário esindicalista, e o estudante Antônio Palocci, fiel escudeiro deGushiken. Foram esses dois, Gushiken e Palocci, principalmente eles,que pavimentaram o caminho de Favre dentro do PT. Hoje Favre goza da confiança de François Hollande, presidente do PartidoSocialista francês. Juntos, Favre e Hollande estão articulando àascensão de Lula à presidência da Internacional Socialista, quando eledeixar o Palácio do Planalto. O ex-primeiro-ministro da Espanha, FelipeGonzalez, já teria concordado. Faltaria apenas acertar os ponteiros como ex- chanceler da Alemanha, Gerhard Schröder. MARTA É A QUINTA Favre é amigo de Lula há 21 anos. Ele chegou até a hospedar por seismeses, em seu apartamento em Paris, Lurian Lula da Silva, a primogênitado presidente. Aos 58 anos, Favre tem um passado de aventuras. Nasceu num cortiço em Buenos Aires, numa família de operários peronistasde origem judaica. Só completou o ginásio. Até os 20 anos, trabalhoucomo contínuo, gráfico e metalúrgico. Detido oito vezes pelo regimemilitar, exilou-se em Paris. De pele morena, cabelos grisalhos e olhos azuis, Favre é, para asmulheres, o protótipo do homem bonito, charmoso e experiente. Já foicompanheiro da filha de um grande empreiteiro argentino, de umaamericana e de uma brasileira, Marília Andrade, herdeira da construtoraAndrade Gutierrez. Generosa, Marília chegou a pagar uma cirurgiaplástica para Luriam Lula da Silva. Depois de Marília, Favre viveu comuma francesa. Marta é a quinta. Mas sonha ser a última. Marta e Favre vivem publicamente juntos desde 2000. Ela assumiu oromance assim que foi eleita prefeita paulistana. Então largou omarido, o senador Eduardo Suplicy, e colocou Favre definitivamente paradentro de casa. Na época, era a casa da família Suplicy. Casaram-se hátrês anos. O franco-argentino (agora também brasileiro) gosta de bons vinhos,restaurantes caros e roupas de grife. Ele e Marta costumam quitar suascompras em dinheiro vivo. Favre não tem uma ocupação profissional muitacristalina. Além de conselheiro da mulher, até uns tempos atrás, quandoindagado, se apresentava como dono de uma gráfica em Paris. Diz ele queessa é sua principal fonte de renda. Também representou por muitos anosa JCD, uma das maiores empresas de out doors e street media do mundo. QUERO UM CARGO NO GOVENO Nos primeiros meses de 2002, com a primeira campanha presidencial deLula dando seus primeiros passos em comerciais de tevê, Favre pilotouuma sala dentro do comitê central do partido. Ele era consultado sobrea qualidade de peças de propaganda e sua viabilização. Marta nunca odeixou na mão. Com a vitória de Lula, a prefeita exigiu um cargo para o companheiro naadministração federal. Ora pedia com charme, ora levantava a voz. Naarmação do governo, em meados dezembro, Marta sacou da bolsa LouisVuitton o nome do amado para nada menos que a presidência do BNDES. Aexpressão de espanto no rosto de Lula foi tão grande que a entãoprefeita recuou antes que ouvir a resposta. Mais modesta, em seguidacogitou alguma diretoria da Caixa Econômica Federal. Noutra ocasião,falou na importância de Favre ter um gabinete no Palácio do Planalto,onde seria intérprete oficial de Lula. Os petistas, aliviados, descobriram que a lei não permite a nomeação deestrangeiros para o governo. Até a eleição de Lula, Favre vinha sendoobrigado a voltar à França a cada três meses para renovar seu visto deturista no Brasil. Em janeiro de 2003, ele solicitou ao Ministério daJustiça um visto permanente de trabalho no País. Alegou 'união estável'com Marta. Com a forcinha do ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, ovisto saiu no início de março. Aí Marta voltou à carga pela nomeação domarido. 'Marta sabe mandar e Favre é a pessoa que ela mais ouve', diz um amigocomum. Dentro do PT, a pressão foi forte . 'Ela elevou a tensão juntoao presidente ao insuportável', revela um petista que trabalha noPlanalto. 'Lula deu ordens para atendê-la imediatamente temendo quesuas emoções passionais a levassem a romper com o partido. Aí, sim,seria um desastre'. O PASSAPORTE AZUL QUASE SAIU Naquele início de 2003, sentada na cadeira de prefeita paulistana, Martatinha enorme poder sobre Lula. O presidente ainda se preocupava comalgumas dívidas de campanha, que Marta e Favre ficaram de acertar.Coube a Luiz Gushiken, então ministro da Comunicação de Governo emembro do finado 'núcleo-duro' do poder, puxar para si o problema. Gushiken inventou para Favre um cargo de Assessor de ComunicaçãoInternacional do governo. Arrumou um DAS-5 para ele, salário de R$5.800 mensais na época. Não era muito. Mas pelo menos ele estaria comum pé no poder federal, com cartão de visitas oficial, acesso aosgabinetes. Ah, o mais importante: Gushiken também ofereceu umpassaporte especial de cor azul, o mesmo a que os Ministros de Estadotêm direito. Favre estava com um pé e meio no governo. Só não pisou com os dois sapatos porque foi acusado, na véspera danomeação, de ter recebido US$ 300 mil para facilitar concessões delinhas de ônibus pela prefeitura de São Paulo. O autor da denúncia,Gelson Camargo dos Santos, acabara de ser preso por estelionato,falsificação de documentos e formação de quadrilha. Lula, que aindanutria algum recato em relação à proximidade com suspeitos, disse aMarta que Favre precisava se livrar do escândalo antes de ser nomeado. Na época, numa conversa ao telefone, Favre me disse o seguinte: 'Acheimelhor adiar por uns dias minha ida a Brasília'. E acrescentou: 'Agoravou ter que esclarecer essas histórias absurdas'. Simulava confiança,obviamente: 'Não há nada de concreto, é só um estelionatário dizendoque eu estaria envolvido num esquema'. O INIMIGO DIRCEU José Dirceu festejou as boas novas. Ele e Favre já foram amigos. Issofaz muito tempo. Mas durante a campanha presidencial, os dois brigavamquase todos os dias. Dirceu reclamava que o Favre se intrometia emtudo. 'Ele queria decidir até o que um deputado federal pode ou nãofalar na TV', queixou-se. Hoje há queixas semelhantes na campanha paraa Prefeitura paulistana. Abertas as urnas, Dirceu e Favre quase trocaram empurrões no alto dopalanque da festa da vitória, na Avenida Paulista. Em seu território,Favre quis resolver quem podia ou não chegar perto de Lula. Durante umCarnaval em São Paulo, os dois apenas apertaram as mãos no camarote daprefeita Marta - e depois não conversaram. De lá para cá, ele nãomudou. Ao contrário. Só aumentou sua característica de resolver tudo.